quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ANP NÃO APROVA SEGURANÇA OPERACIONAL EM PLATAFORMAS

Do total de plataformas com declarações de conformidade vencidas da Marinha, ao menos três também não possuem documentos de segurança operacional aprovados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). São certificados que dizem respeito ao funcionamento de equipamentos e aos procedimentos adotados nas atividades de exploração e produção.

Não constam da última listagem da ANP, atualizada em 22 de junho no site da reguladora, as sondas de perfuração Atlantic Star - que perfurava em bloco da Petrobras na Bacia de Santos em agosto – e a Noble Dave Beard, no pré-sal de Santos, no campo B-M-S10, o primeiro a registrar óleo abaixo da camada de sal.

Também não está na lista o navio-plataforma Cidade Niterói, unidade do campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos, também da estatal. Todas operam em concessões da Petrobras. Procuradas, agência e empresa não comentaram as informações até a publicação desta matéria.

Desde maio do ano passado, a ANP verificou o que chama de não-conformidades em 103 campos de produção de petróleo e gás natural. Destes, 70 campos foram submetidos a atividade de fiscalização realizada in loco e 33 campos tiveram o atendimento verificado através da avaliação de evidências recebidas pela agência.

VAZAMENTO DE PETRÓLEO NA BACIA DE CAMPOS

Chevron afirma que vazamento de óleo está controlado


A Chevron Corp. afirmou nesta terça-feira que o vazamento de óleo na área do campo de Frade, na Bacia de Campos (RJ), foi aparentemente contido, no primeiro sinal de progresso nas tentativas de deter o avanço do vazamento na região.

Segundo comunicado da empresa norte-americana, um monitoramento mostrou uma "redução significativa" na quantidade de óleo que vazava numa fenda de solo oceânico.

O vazamento, revelado na quinta-feira passada, jorrou um volume estimado entre 400 e 650 barris por dia no mar da região, que fica a 370 quilômetros a nordeste do Rio de Janeiro.

O comunicado é o primeiro sinal de que as tentativas da empresa de conter o vazamento estão dando certo. O governo iniciou um processo contra a empresa e disse que as perfurações no local provavelmente aumentaram a pressão na região onde o poço está localizado, provocando o vazamento.

O incidente deve aumentar o escrutínio sobre as operações de segurança para perfurações na costa, num momento em que o Brasil busca explorar novas e grandes reservas e se tornar um importante exportador de petróleo.

Analistas dizem que ainda é cedo para dizer se o vazamento atrasaria a exploração de petróleo em águas profundas na região conhecida como pré-sal, que, estima-se, tenha mais de 50 bilhões de barris de petróleo.

Os novos investimentos na camada do pré-sal estão estagnados devido a disputas sobre como distribuir os royalties de petróleo entre os estados brasileiros.