quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

PLATAFORMA DA PETROBRAS PEGA FOGO NA BACIA DE CAMPOS

PLATAFORMA PEGA FOGO

A Petrobras ainda apura as causas do incêndio ocorrido na noite do dia 19 de janeiro no módulo de bombas de transferência de óleo da plataforma Cherne 2, ancorada na bacia de Campos, em frente ao município fluminense de Macaé. Segundo a estatal, não houve qualquer dano à integridade física das pessoas que trabalhavam na plataforma, nem ao meio ambiente. A Cherne 2 produz 9.300 barris de petróleo por dia, menos de 0,5% do total da Petrobras no país e está localizada a 120 quilômetros de Macaé, também no norte fluminense, e nela trabalham 160 petroleiros.

Em entrevista ao Nicomex Notícias, o gerente de SQMS, Roberto Roche, diz. “Uma coisa eu aprendi nestes 20 anos de acidentes, seja fogo, óleo derramado ou qualquer outra ocorrência em instalações petrolíferas: a causa é sempre a falta de manutenção e o desprezo pelas conseqüências de um ato que no momento não tem importância ou a filosofia de que hoje não vai acontecer.”

A Petrobras revelou ter notificado a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Marinha e o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) logo após o incêndio. A estatal explicou que no dia 20 oficiais da Marinha fizeram uma vistoria na unidade e no dia seguinte, a convite da empresa, a direção do Sindipetro-NF se reuniu em Macaé com a gerência da Unidade de Operações da Bacia de Campos. Um comissão interna, com representantes do Sindipetro-NF, foi constituída para apurar as causas do acidente na plataforma.

Demora para apagar

O diretor do Departamento de Saúde e Segurança do Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense, Vitor Carvalho, disse em entrevista à imprensa que a Petrobras demorou 20 minutos para apagar o incêndio na plataforma Cherne 2, na Bacia de Campos, cujas atividades estão paralisadas desde o último dia 19. Para o sindicalista trata-se de um tempo considerável, já que a plataforma conta com 160 funcionários.

“Vinte minutos não são pouco tempo. Queremos também checar com a empresa algumas questões que não estão claras. O portal da Marinha, que mostra em tempo real um canal de notícias da plataforma, mostrou que foi preciso acionar uma embarcação de apoio para apagar o incêndio. E essa informação não foi confirmada pela Petrobras”, afirmou Carvalho.